Antes de lhe contar um pouco sobre a história e geografia do Parque Natural da Serra da Estrela, quero dizer-lhe que a minha visita a esta área protegida de Portugal deslumbrou-me completamente! Vários dias depois de ter voltado a casa, as maravilhas deste parque natural não me saem da cabeça!
Só quero uma coisa : voltar à Serra da Estrela!
Já tinha passado pelo parque natural duas ou três vezes em visitas rápidas, mas não o tinha visitado em detalhe. Como moro perto do Parque Nacional da Peneda Gerês (uma das maravilhas naturais de Portugal), fui sempre adiando uma visita em profundidade à Serra da Estrela, pensando (erradamente) que ia ver paisagens semelhantes.
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Criado em 1976, o Parque Natural da Serra da Estrela cobre uma área de 88 850 hectares, o que faz dele a maior área protegida de Portugal.
O parque está localizado na região Centro de Portugal, a menos de 100 km da fronteira espanhola, do Vale do Douro, da cidade de Viseu, Coimbra e Castelo Branco.
É na Serra da Estrela que se encontra o ponto mais alto de Portugal Continental (1.993 metros), o segundo ponto mais alto de Portugal, logo atrás da montanha do Pico (2.351 metros), situada na ilha do Pico nos Açores.
Ao visitar este parque, irá descobrir belas aldeias em granito e xisto com séculos de história (algumas até ajudaram Portugal a defender as suas fronteiras), lindas cascatas onde pode mergulhar no verão, muitas lagoas, uma das quais conhecida mundialmente, as nascentes de 3 rios portugueses, vistas deslumbrantes, a única estância de ski em Portugal assim como o estilo de vida e tradições dos habitantes deste lugar incrível.
Para o ajudar a visitar o Parque Natural da Serra da Estrela, irei mostrar-lhe neste artigo os locais a não perder, um roteiro para que possa descobrir facilmente as maravilhas do parque, as atividades a fazer, a melhor altura para visitar, onde dormir, onde comer, assim como as tradições e gastronomia da serra como o queijo Serra da Estrela.
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Eis os 20 locais a visitar no Parque Natural da Serra da Estrela
Sommaire
- Eis os 20 locais a visitar no Parque Natural da Serra da Estrela
- 1. Linhares da Beira
- 2. Folgosinho
- 3. Seia
- 4. Cabeça
- 5. Poço da Broca
- 6. Alvoco da Serra
- 7. Loriga
- 8. Torre
- 9. Miradouro do Vale Glaciar
- 10. Covilhã
- 11. Covão d’Ametade
- 12. Fonte Paulo Luís Martins
- 13. Poço do Inferno
- 14. Manteigas
- 15. Miradouro do Fragão do Corvo
- 16. Lagoa Vale do Rossim
- 17. Mondeguinho
- 18. Sabugueiro
- 19. Lagoa Comprida
- 20. Guarda
- Roteiro para visitar a Serra da Estrela em 1, 2, 3 ou 4 dias
- Se entrar na Serra da Estrela pela Guarda, recomendo-lhe este roteiro:
- Se entrar na Serra da Estrela por Seia, recomendo-lhe este roteiro:
- Se entrar na Serra da Estrela pela Covilhã, recomendo-lhe este roteiro:
- Tem apenas 3 dias para visitar o Parque Natural da Serra da Estrela? Aqui estão os lugares que não deve perder:
- Tem apenas 2 dias para visitar o Parque Natural da Serra da Estrela? Aqui estão os lugares que não deve perder:
- Tem apenas 1 dia para visitar o Parque Natural da Serra da Estrela? Aqui estão os lugares que não deve perder:
- Onde dormir na Serra da Estrela
- Os melhores restaurantes da Serra da Estrela
- Como visitar a Serra da Estrela
- Atividades a fazer na Serra da Estrela
- Quando visitar a Serra da Estrela
Antes de conhecer os 20 locais a visitar no parque, veja o vídeo abaixo de Joel Santos que lhe dará uma amostra do que vai descobrir neste artigo sobre a Serra da Estrela:
1. Linhares da Beira
Fundada na época medieval, Linhares da Beira teve uma importante função de defesa do território português. Em 1169, o primeiro rei português, D. Afonso Henriques, atribuiu-lhe o estatuto de vila que foi conservado até 1855.
Após a reforma administrativa liberal de 1855, Linhares da Beira perdeu importância e tornou-se numa das mais belas aldeias de Portugal. Em 1991 juntou-se à rede das Aldeias Históricas de Portugal, rede que aconselho a descobrir.
Durante a sua visita, deixe o carro na entrada da aldeia e visite o castelo (século XIII), localizado a mais de 800 metros acima do nível do mar, de onde terá uma vista deslumbrante sobre a aldeia e o vale do Mondego.
Perca-se depois pelas ruas estreitas e aprecie a beleza das casas de granito, do pelourinho, da Igreja Matriz, da Misericórdia e da antiga Judiaria (Rua Travessa do Passadiço).
2. Folgosinho
Antiga vila como Linhares da Beira, Folgosinho é hoje uma aldeia que acolhe cerca de 500 habitantes. Durante a sua visita, perca-se nas suas ruelas para apreciar a sua autenticidade, admire a Igreja Matriz, depois suba ao pequeno castelo de Folgosinho para ter uma bela vista sobre o vale e a aldeia.
Antes de ir embora, não hesite em comer num dos restaurantes mais conhecidos da Serra da Estrela, O Albertino, que serve deliciosos pratos da região.
3. Seia
Situada a 550 metros de altitude, Seia é uma das mais importantes cidades situadas no sopé do Parque Natural da Serra da Estrela e uma porta de entrada para o ponto mais alto de Portugal Continental (Torre).
Durante a sua visita a Seia, visite o Museu do Brinquedo onde poderá ver uma coleção de 8.000 brinquedos portugueses e do mundo, o Museu Natural da Eletricidade de Seia onde irá descobrir o história da produção de eletricidade ao longo do século XX em Portugal e especialmente na Serra da Estrela, onde existem 6 centrais hidroelétricas.
O museu está instalado numa antiga central (Central da Senhora do Desterro) inaugurada em 1909 e encerrada em 1994. Foi esta central que permitiu à cidade de Seia ter eletricidade no início do século XX.
Durante a sua visita, poderá ver a sala de máquinas, o quadro elétrico e poderá até entrar num túnel de 32 metros de comprimento por onde circulava a água usada para gerar eletricidade na central.
Outro local que deve visitar quando estiver em Seia é o Museu do Pão, onde a história, tradições e a arte do pão português estão expostas e preservadas desde 2002.
As minhas primeiras impressões quando visitei o museu do pão, não foram as melhores … Vi todos os códigos de um local turístico e senti-me num pequeno parque de diversões (comboio turístico, restaurante, bar, loja de souvenirs).
Depois de hesitar alguns segundos (não tinha certeza se valia a pena visitar o museu), decidi entrar e dar-lhe uma chance.
Posso dizer-lhe desde já que a visita ao museu surpreendeu-me positivamente e aconselho-o a descobri-lo sem hesitar!
Com 4 salas, o Museu do Pão fará com que descubra o ciclo tradicional do pão português, os utensílios utilizados, a história e importância do pão durante os últimos 300 anos para o povo português e finalmente irá conhecer as muitas variedades de pão em Portugal, organizado por regiões.
Quando cheguei ao último andar do museu, tive uma bela surpresa: um bar muito bem decorado com uma vista magnífica sobre os arredores de Seia.
Adorei saborear a típica sandes da região à base de ingredientes locais (pão, queijo Serra da Estrela e presunto) com a bela vista que este bar oferece.
Informação: para além do bar, o Museu do Pão tem um restaurante, mas os preços são na minha opinião um pouco elevados (26 euros por pessoa). É verdade que se pode servir à vontade (buffet), mas já comi em restaurantes com comida deliciosa de hotéis 4 * e os preços dos buffets são em média de 16 a 19 euros por pessoa.
4. Cabeça
Situada no fundo de um vale, Cabeça é sem dúvida uma das mais autênticas aldeias da Serra da Estrela. O seu centro histórico foi erguido num braço da colina ao redor da Igreja de São Romão com casario na sua maioria de xisto.
Mesmo sendo uma pequena aldeia, Cabeça tem conseguido destacar-se e ser conhecida em todo o território nacional graças a iniciativas vanguardistas. Em 2007, foi a primeira aldeia a oferecer internet wi-fi gratuita e em 2011 tornou-se na primeira aldeia LED em Portugal na iluminação pública.
Desde 2013, Cabeça também é conhecida como a aldeia Natal graças às belas decorações 100% naturais instaladas pelos moradores nas suas casas e às atividades (mercado de natal, presépio vivo, etc.) organizadas todos os fins de semana de dezembro.
Durante a sua visita, perca-se pelas ruas estreitas, admire a beleza das casas, cumprimente os seus habitantes (maioritariamente idosos) e desfrute da vista sobre a serra e os campos agrícolas em socalcos.
Para uma visão geral da aldeia pare junto à capela de Nossa Senhora da Nazaré, situada a montante de Cabeça.
5. Poço da Broca
Localizado na pequena localidade de Barriosa, Poço da Broca é uma praia fluvial muito frequentada no verão e muito visitada no resto do ano pela sua bela cascata.
Esta maravilha é fruto da mão humana que, há cerca de 200 anos, decidiu desviar o curso do rio Alvoco e criar pequenas barragens para o aproveitamento da água nos campos agrícolas.
Ao longo do rio existem várias represas que têm o mesmo nome (Poço da Broca) e que podem ser visitadas, mas esta é a que apresenta melhores condições de acesso e infraestruturas (mesas de piquenique, restaurante, bar).
Deixe o carro no estacionamento do lado esquerdo e siga o pequeno caminho acima do moinho (em frente ao restaurante Guarda-Rios) para admirar a bela cascata. No verão, pode seguir o caminho à direita da cascata para atravessar o rio passando pela represa.
6. Alvoco da Serra
A mais de 600 metros acima do nível do mar, Alvoco da Serra é uma aldeia granítica de 400 almas que vivem principalmente da agricultura, graças aos campos em socalcos e à criação de cabras e ovelhas.
Durante a sua visita, estacione o carro à entrada da aldeia, passando a ponte romana / medieval que permite atravessar o rio Alvoco. Em seguida, vá até ao final da rua principal, e visite as ruelas à direita para descobrir a aldeia em detalhes.
Para além de admirar as típicas casas de granito, visite a Igreja Matriz de Alvoco, a Capela de São Pedro, a Casa Museu de Alvoco da Serra situada na Rua da Levada, o forno comunitário e os moinhos de água localizados perto da piscina da aldeia.
Informação: se for a Alvoco da Serra depois do Poço da Broca, siga pela pequena estrada de alcatrão que percorreu até ao Poço da Broca.
Assim, vai evitar de voltar para trás e poupará 8 km. Quando fiz o percurso, o GPS do meu carro achou que a estrada era um beco sem saída. Se isso acontecer consigo, ignore e siga em frente. Passará pelas pequenas aldeias de Fradigas, Aguincho e Vasco Esteves.
7. Loriga
Com séculos de história, a vila de Loriga é conhecida como a “Suíça Portuguesa” devido à sua localização geográfica. Localizada a uma altitude de mais de 700 metros acima do nível do mar, é cercada por várias montanhas com mais de 1700 metros de altura.
A sua principal atração é a bela praia fluvial que possui várias piscinas no rio Loriga. Depois de mergulhar nas águas límpidas, mas frias, visite o centro histórico.
Como as ruas são estreitas, aconselho-o a deixar o carro na entrada do centro histórico (Avenida Augusto Luís Mendes ou Rua das Comunidades). Em seguida, perca-se nas ruelas à volta da Igreja Matriz para descobrir o encanto de Loriga.
Antes de se ir embora de Loriga, não hesite em visitar o santuário de Nossa Senhora da Guia para ter uma bela vista panorâmica da vila.
8. Torre
Torre é sem dúvida o local mais conhecido do Parque Natural da Serra da Estrela. Uma das razões é de ser o ponto mais alto de Portugal Continental com 1993 metros acima do nível do mar. Uma torre de 7 metros foi construída de forma que o ponto mais alto alcance simbolicamente 2 000 metros. É provavelmente por esta razão que este local é conhecido como Torre.
A vantagem deste local é que é acessível pela estrada, mas por vezes os acessos à Torre estão fechados no inverno devido às condições meteorológicas. A Serra da Estrela está localizada a cerca de 100 km em linha reta do Oceano Atlântico e não tem proteção contra os ventos húmidos que vêm do oceano.
Com as temperaturas abaixo de zero, a queda de neve e o vento que às vezes sopra a mais de 100 km/h, quando os limpa-neves entram em serviço, fica por vezes uma camada de gelo na estrada, o que impede a circulação dos veículos.
Este fenómeno ocorre alguns dias por ano e a partir de uma altitude de 1600 metros os acessos à Torre são encerrados (a cerca de 10 km do ponto mais alto) enquanto as estradas não são seguras. Se vier à Serra da Estrela nesta altura do ano, aconselho-o a trazer correntes de neve para colocar nos pneus do seu carro.
Além da bela vista (quando não há nevoeiro), na Torre vai encontrar um restaurante e um pequeno shopping com souvenirs, artesanato e comida local como queijo e presunto. Os preços são um pouco superiores ao normal e os vendedores são por vezes um pouco insistentes, mas simpáticos.
Encontrará também aqui a única estação de ski de Portugal, estação que dispõe de 9 pistas para quem quer experimentar esta modalidade (pistas azuis e verdes) e para os mais aguerridos (pistas vermelhas e pretas). A pequena desvantagem desta estação de ski é de não ter alojamentos perto das pistas. A primeira aldeia (Penhas da Saúde) com hotéis, chalés e restaurantes fica a 10 km (15 minutos de carro). A menos de 20 km (20 minutos) fica a aldeia do Sabugueiro e a vila de Loriga.
9. Miradouro do Vale Glaciar
Na estrada que liga a Torre à Covilhã (uma das estradas mais bonitas do parque), o miradouro do Vale Glaciar oferece uma vista soberba sobre o Vale Glaciar do Zêzere, com 13 km de extensão, o que faz deste vale glaciar um dos maiores da Europa.
Informação: Descendo da Torre até Penhas da Saúde (estrada N339 que vai até à Covilhã), verá muitos parques de estacionamento à beira da estrada, o que lhe permitirá apreciar as diferentes vistas que este percurso lhe oferece. Não hesite em parar várias vezes para admirar esta maravilha natural!
10. Covilhã
Situada no sopé (sudeste) do Parque Natural da Serra da Estrela, a cidade da Covilhã é o principal centro urbano da região com mais de 36.000 habitantes.
Elevada à condição de cidade em 1870, a Covilhã tem VIII séculos de história para lhe mostrar. Perca-se nas ruelas do centro histórico medieval e pare no miradouro das Portas do Sol, em frente às belas obras de arte de rua (street art) localizadas no início da rua Alexandre Herculano, e em frente à igreja de Santa Maria Maior para admirar a sua magnífica fachada coberta de azulejos.
Em seguida, desça até a praça principal da cidade (Praça do Município), passando pela Rua Primeiro de Dezembro, para admirar a bela janela em estilo manuelino.
Depois de tomar um café com um pastel de Nata no Nata Lisboa (Praça do Município), vá visitar o belíssimo Museu de Lanifícios localizado nos edifícios da Universidade da Beira Interior.
Informação: a lã é trabalhada na Covilhã há 800 anos e a cidade é um dos principais centros europeus de produção desta matéria-prima, que é depois utilizada pelas principais marcas têxteis.
11. Covão d’Ametade
Covão d’Ametade é uma das principais atrações do parque natural. É neste lugar mágico que o Rio Zêzere começa a ganhar forma.
A nascente do rio situa-se na Torre a uma altitude de 1993 metros, a água desce entre as íngremes paredes das montanhas que rodeiam Covão d’Ametade e percorre 248 km até desaguar no rio Tejo.
No local encontra várias mesas que lhe permitirão fazer um piquenique enquanto aprecia a beleza deste lugar arborizado de bétulas.
12. Fonte Paulo Luís Martins
Na estrada entre o Covão d’Ametade e a vila de Manteigas, não hesite em parar alguns instantes em frente à fonte de Paulo Luís Martins para encher a sua garrafa de água. Com uma temperatura constante de 6º, esta água alcalina é ideal para se refrescar durante os meses quentes de verão!
13. Poço do Inferno
O Poço do Inferno é uma maravilha natural situada no rio Leandres a mais de 1000 metros acima do nível do mar e a menos de 10 km da vila de Manteigas. Cercada por árvores, a estrada que nos leva a esta bela cascata de 10 metros de altura já é uma atração por si só (principalmente no outono)!
Durante a sua visita, deixe o carro no pequeno parque de estacionamento localizado à beira da estrada e caminhe uns cem metros até à cascata do Poço do Inferno localizada do lado direito da estrada. No lado esquerdo encontrará umas escadas que o levarão até ao rio.
Para os amantes de caminhadas, saiba que existe um percurso circular de 2,5 km que lhe permitirá ver a cascata de cima. O inicio e o fim do percurso situa-se no parque de estacionamento.
Ao fazer o percurso no sentido “anti-horário” (percurso recomendado), terá que fazer um pouco de “escalada” no início, mas é menos perigoso do que descer no mesmo lugar. Mesmo que o percurso não seja difícil, tome cuidado para não cair, pois em alguns lugares o caminho é estreito.
Informação: no verão a cascata não é impressionante, pois a água é escassa … mas mesmo assim, vale a pena visitar o Poço do Inferno nessa altura.
14. Manteigas
No coração do parque natural da Serra da Estrela, no Vale Glaciar do Zêzere, Manteigas é uma pequena vila de 3.000 habitantes situada na margem esquerda do rio Zêzere onde o aconselho a ficar (encontrará vários hotéis e restaurantes) se pretende realizar os diversos percursos pedestres (18) disponíveis no município.
Para além do trilho do Poço do Inferno acima referido, convido-o a fazer o trilho PR13MTG Rota das Faias (5,5km) onde pode admirar um dos maiores sítios de faias da Península Ibérica e o trilho PR2MTG Rota do Javali (11km) que sai da vila de Manteigas e passa pelo Poço do Inferno.
Se quiser conhecer os outros trilhos, visite aqui o site oficial da vila de Manteigas.
Para além dos percursos pedestres, Manteigas dispõe de um Ski Park onde poderá fazer diversas atividades como escalada, BTT e ski durante todo o ano.
15. Miradouro do Fragão do Corvo
Este miradouro situado em Penhas Douradas oferece-nos magníficas vistas sobre a vila de Manteigas e o Vale Glaciar do Zêzere.
Para chegar ao miradouro do Fragão do Corvo, deixe o carro aqui e caminhe os últimos 300 metros. O miradouro fica na parte de trás de um lindo chalé vermelho abandonado (desça o caminho à esquerda do chalé).
16. Lagoa Vale do Rossim
A 3 km do miradouro do Fragão do Corvo, encontra-se a lagoa Vale do Rossim, conhecida por ter a praia fluvial mais alta do país (a mais de 1400 metros acima do nível do mar).
Esta lagoa foi criada após a construção de uma pequena barragem de retenção de água que é posteriormente utilizada para a geração de eletricidade numa das centrais hidroelétricas do Parque Natural da Serra da Estrela.
No local encontrará um restaurante / bar e um parque de campismo / eco resort com vários bungalows e yurts com todas as comodidades para passar uns dias nesta joia natural.
17. Mondeguinho
Na estrada N232, junto a Penhas Douradas e à Lagoa Vale do Rossim, encontra-se o local que representa a nascente do maior rio 100% português (o Tejo e o Douro têm as suas nascentes em Espanha).
O rio Mondego nasce a mais de 1.500 metros de altitude e percorre Portugal durante 258 km. Passa pela bela cidade de Coimbra e desagua no mar na Figueira da Foz.
A nascente não é um lugar extraordinário, pelo menos a nível visual, mas é um lugar que nos mostra que o ser humano é muito pequeno perante a força da natureza. Quando olhamos para esta “pequena fonte”, não imaginamos que alguns quilómetros abaixo esteja um grande rio com vários metros de largura e centenas de quilómetros de comprimento.
Se quiser ver os primeiros quilómetros deste rio, vá até ao Covão da Ponte a 10 km da vila de Manteigas. Vai encontrar no local mesas e churrasqueiras para fazer um piquenique enquanto desfruta deste lindo lugar.
Informação: A 200 metros de Mondeguinho existe uma pequena loja situada à beira da estrada que vende produtos regionais (queijo, presunto, etc.), artesanato e alguma roupa quente. Este é um local muito conhecido na Serra da Estrela pelas suas deliciosas sandes de queijo e presunto com pão regional.
18. Sabugueiro
Na estrada que nos leva ao ponto mais alto de Portugal Continental (Torre), encontra-se Sabugueiro, uma das aldeias mais altas de Portugal (1.100 metros acima do nível do mar).
Apesar de residirem apenas 500 habitantes, a aldeia dispõe de muitos alojamentos, restaurantes e lojas de produtos regionais, sem dúvida por causa da proximidade da única estação de ski de Portugal.
Durante a sua visita, perca-se nas ruelas que circundam a igreja e durante os dias de forte calor, não hesite em dar um mergulho na praia fluvial local.
19. Lagoa Comprida
Após a construção da barragem Marques da Silva em 1912, uma pequena lagoa transformou-se na maior lagoa do parque natural e é hoje a principal reserva de água da Serra da Estrela.
A barragem passou por várias melhorias ao longo dos anos e desde 1965 tem uma altura de 28 metros com um reservatório que pode receber até 12 milhões de m3 de água.
Além da água armazenada “naturalmente”, a Lagoa Comprida recebe água de outras duas lagoas graças a dois túneis de 1,5 km e 2,3 km.
O túnel mais longo desvia a água da Lagoa Covão do Meio localizado no planalto da Torre e o segundo túnel desvia a água da Lagoa Covão dos Conchos, que se tornou uma atração turística depois de inúmeros vídeos postados na internet.
Para chegar ao Covão dos Conchos e admirar a água a desaparecer pelo túnel, terá que caminhar um pouco menos de 10 km , o que levará cerca de 4 horas no total.
Para além do Covão dos Conchos, ao longo do percurso, vai poder contemplar paisagens magníficas e terá a oportunidade de ver a Lagoa Comprida na sua extensão total.
O trilho começa no parque de estacionamento da Lagoa Comprida. Basta seguir o caminho de terra atrás da loja de souvenirs (que também vende produtos regionais e sandes, o que lhe permitirá fazer um piquenique no Covão dos Conchos).
Informação: Se visitar Covão dos Conchos no verão, é pouco provável que veja a água a entrar no túnel, porque o nível da água não estará suficientemente alto.
20. Guarda
A nordeste do parque natural encontra-se uma cidade histórica fundada em 1199 que é considerada a cidade mais alta de Portugal (1056 metros acima do nível do mar).
Guarda está localizada a menos de 8 km do Parque Natural da Serra da Estrela e a 45 km da fronteira com Espanha. Para se proteger dos inimigos, um castelo foi construído durante a época medieval com muralhas que cercavam a cidade.
Durante a sua visita, vai poder observar a torre de menagem e as portas d’el Rei, Erva e Ferreiros que resistiram à expansão do centro da cidade.
Para além da torre de menagem e das portas, durante a sua visita à Guarda, perca-se na judiaria (rua do Amparo), visite o Museu da Guarda e admire a bela e imponente Sé que data do século XIV. Aqui está o percurso que lhe recomendo fazer para conhecer os locais mencionados na Guarda.
Mapa de todos os sítios mencionados neste artigo:
Roteiro para visitar a Serra da Estrela em 1, 2, 3 ou 4 dias
Para visitar as 20 maravilhas apresentadas neste artigo, terá de visitar a Serra da Estrela durante 4 dias. Abaixo vou-lhe apresentar o melhor roteiro em função do seu local de entrada no parque (Guarda, Covilhã ou Seia).
Em seguida, mostrar-lhe-ei os locais a não perder se tiver apenas 1, 2 ou 3 dias disponíveis.
Se entrar na Serra da Estrela pela Guarda, recomendo-lhe este roteiro:
Dia 1: Guarda – Linhares da Beira – Folgosinho – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 2: Seia – Cabeça – Poço da Broca – Alvoco da Serra – Loriga – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 3: Sabugueiro – Mondeguinho – Lagoa Vale do Rossim – Miradouro do Fragão do Corvo – Manteigas – Poço do Inferno – Fonte Paulo Luís Martins – Covão da Ametade – Miradouro do Vale Glaciar – Torre – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 4: Museu Natural da Electricidade de Seia – Lagoa Comprida – Covão dos Conchos – Covilhã (ficar alojado aqui)
Se entrar na Serra da Estrela por Seia, recomendo-lhe este roteiro:
Dia 1: Seia – Cabeça – Poço da Broca – Alvoco da Serra – Loriga – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 2: Sabugueiro – Mondeguinho – Lagoa Vale do Rossim – Miradouro do Fragão do Corvo – Manteigas – Poço do Inferno – Fonte Paulo Luís Martins – Covão da Ametade – Miradouro do Vale Glaciar – Torre – Lagoa Comprida – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 3: Folgosinho – Linhares da Beira – Guarda (ficar alojado aqui)
Dia 4: Guarda – Covilhã (ficar alojado aqui)
Se entrar na Serra da Estrela pela Covilhã, recomendo-lhe este roteiro:
Dia 1: Covilhã – Cabeça – Poço da Broca – Alvoco da Serra – Loriga – Covilhã (ficar alojado aqui)
Dia 2: Covão da Ametade – Fonte Paulo Luís Martins – Poço do Inferno – Manteigas – Miradouro do Fragão do Corvo – Lagoa Vale do Rossim – Mondeguinho – Sabugueiro – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 3: Sabugueiro – Lagoa Comprida – Covão dos Conchos – Torre – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 4: Folgosinho – Linhares da Beira – Guarda (ficar alojado aqui)
Tem apenas 3 dias para visitar o Parque Natural da Serra da Estrela? Aqui estão os lugares que não deve perder:
Dia 1: Seia – Cabeça – Poço da Broca – Alvoco da Serra – Loriga – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 2: Sabugueiro – Mondeguinho – Lagoa Vale do Rossim – Miradouro do Fragão do Corvo – Manteigas – Poço do Inferno – Fonte Paulo Luís Martins – Covão da Ametade – Miradouro do Vale Glaciar – Torre – Lagoa Comprida – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 3: Seia – Sabugueiro – Lagoa Comprida – Covão dos Conchos – Torre – Covilhã (ficar alojado aqui)
Tem apenas 2 dias para visitar o Parque Natural da Serra da Estrela? Aqui estão os lugares que não deve perder:
Dia 1: Seia – Cabeça – Poço da Broca – Alvoco da Serra – Loriga – Seia (ficar alojado aqui)
Dia 2: Sabugueiro – Mondeguinho – Lagoa Vale do Rossim – Miradouro do Fragão do Corvo – Manteigas – Poço do Inferno – Fonte Paulo Luís Martins – Covão da Ametade – Miradouro do Vale Glaciar – Torre – Lagoa Comprida – Seia (ficar alojado aqui)
Tem apenas 1 dia para visitar o Parque Natural da Serra da Estrela? Aqui estão os lugares que não deve perder:
Dia 1: Sabugueiro – Mondeguinho – Lagoa Vale do Rossim – Miradouro do Fragão do Corvo – Manteigas – Poço do Inferno – Fonte Paulo Luís Martins – Covão da Ametade – Miradouro do Vale Glaciar – Torre – Lagoa Comprida – Seia (ficar alojado aqui)
Tem mais de 4 dias para visitar o parque? Visite com mais calma os 20 locais mencionados acima e faça os vários percursos pedestres que a Serra da Estrela tem para lhe oferecer (para todos os detalhes sobre os trilhos, leia a secção “Atividades a fazer na Serra da Estrela” abaixo.
Onde dormir na Serra da Estrela
Seia (links afiliados):
Quinta Do Crestelo Aparthotel ****
Casas Da Lapa, Nature & Pleasure (apartamento)
Covilhã et Penhas da Saúde (links afiliados):
Luna Hotel Dos Carqueijais ****
Pousada da Serra da Estrela ****
Luna Hotel Serra da Estrela ****
Os melhores restaurantes da Serra da Estrela
Covilhã :
Loriga :
Linhares da Beira :
Como visitar a Serra da Estrela
Para descobrir as maravilhas deste magnífico parque natural, o melhor meio de transporte é o automóvel. Vai-lhe dar mais liberdade e poderá visitar todos os lugares mencionados neste artigo.
Informação: Se visitar o parque de carro no inverno, leve correntes de neve para evitar problemas.
Se não tem a possibilidade de visitar o parque de carro, aconselho-o a fazer visitas guiadas de 1 dia. Ao clicar aqui, irá encontrar várias visitas guiadas de um dia com saída do Porto e de Lisboa.
Atividades a fazer na Serra da Estrela
Conforme mencionado anteriormente neste artigo, o Parque Natural da Serra da Estrela é conhecido por ter as únicas pistas de ski em Portugal. Se visitar o parque no inverno, não perca a oportunidade de se iniciar nesta atividade durante um aula que a empresa que gere as pistas propõe.
Além de esquiar no inverno, no verão você pode mergulhar nas inúmeras praias fluviais, fazer canoagem e fazer uma ou mais caminhadas graças aos inúmeros percursos pedestres (mais de 30) que o parque possui.
Eis os links para os sites de cada município com os percursos pedestres:
Manteigas – Seia – Gouveia – Covilhã
Dos 30 percursos pedestres que o parque nos oferece, aqui estão os mais famosos:
Rota das faias – Rota do Vale glaciar – Rota do Javali – Poço do Inferno – Covão dos Conchos – Rota do Carvão – Rota do Corredor dos Mouros
Quando visitar a Serra da Estrela
O Parque Natural da Serra da Estrela pode ser visitado durante todo o ano. O inverno é ideal para quem deseja esquiar, ver a neve e ver as montanhas pintadas de branco.
O outono e a primavera são as estações em que pode admirar as diversas cores do parque. É também o momento perfeito para fazer caminhadas e ver as cascatas cheias de água.
O verão é a época perfeita para mergulhar numa das muitas praias fluviais do parque, fazer piqueniques em lugares mágicos e admirar um pôr-do-sol sumptuoso.
Informação: o parque tem 2 épocas altas. Os meses de julho e agosto no verão e dezembro e janeiro no inverno. Se quer descobrir esta maravilha de Portugal com um orçamento apertado, escolha a primavera e o outono.
Como lhe disse no início deste artigo, o Parque Natural da Serra da Estrela fascinou-me completamente e “ofereceu-me” uma semana fantástica.
Se é apaixonado pela natureza, pelas belas paisagens e gosta de ver a autenticidade das aldeias e dos seus habitantes, o parque natural é feito para si!
Durante a sua visita, para além de conhecer os 20 locais mencionados neste artigo, prove a deliciosa gastronomia local, como o queijo da Serra da Estrela, o presunto, o pão e o mel.
Admire também o gado bovino, as cabras e ovelhas que se alimentam junto às estradas (conduza devagar, porque os animais usam as estradas para se deslocar) protegidas pelos cães da Serra da Estrela.
Vai visitar o parque natural da Serra da Estrela? Então não hesite em reservar o seu hotel, o seu carro ou as melhores atividades passando pelos links aqui em baixo. Vai-me permitir continuar a fornecer-lhe gratuitamente dicas e guias para visitar Portugal. Obrigado!